Por Felipe Nunes Torres em 29/5/2007
Será que os jornalistas esportivos jogaram a toalha? Explico a pergunta. Segunda-feira, dia melhor para as matérias esportivas, não há. Rodada completa do Campeonato Brasileiro, das ligas internacionais, Pan do Rio batendo na porta, competições de basquete, enfim, overdose de esporte. Vou lá, então, apreciar tanta diversidade de informação e conhecimento.
"No primeiro tempo, o Cruzeiro ficou abaixo da crítica e levou um passeio do Corinthians", revelava o mineiro Estado de Minas na edição de segunda, 21 de maio. Realmente, o Cruzeiro jogou muito mal e o time paulista mereceu a vitória. Passei para outro jornal mineiro, Hoje em Dia, exemplar de mesma data. "O Cruzeiro apenas assistiu ao Corinthians em campo. Palavras do próprio treinador do time mineiro, Dorival Júnior, ao avaliar os 3 a 0 sofridos dentro de casa, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro". Por fim, dou uma navegada na internet e acesso o site da Folha de S.Paulo. "Com uma defesa segura e a rapidez nos contra-ataques, o Corinthians esteve melhor em quase todo o primeiro tempo. Por outro lado, o Cruzeiro se mostrou um time lento, que facilitava a forte marcação."
Talvez os leitores já estejam acostumados com a padronização das coberturas esportivas. Pois não deveriam. O esporte é movido pela factualidade, por acontecimentos que se sobrepõem, mas isso não impede que jornalistas preparem textos com narrativas mais aprofundadas e criativas. A repetição das palavras não suscita ou agrega coisa alguma ao leitor. A função social do jornalismo, de prover criticidade, fica explicitamente em segundo plano. É como se um modelo já estivesse pronto nas redações e a cada dia fosse apenas preenchido. Falta criatividade, falta contexto, falta jornalismo.
Será que os jornalistas esportivos jogaram a toalha? Explico a pergunta. Segunda-feira, dia melhor para as matérias esportivas, não há. Rodada completa do Campeonato Brasileiro, das ligas internacionais, Pan do Rio batendo na porta, competições de basquete, enfim, overdose de esporte. Vou lá, então, apreciar tanta diversidade de informação e conhecimento.
"No primeiro tempo, o Cruzeiro ficou abaixo da crítica e levou um passeio do Corinthians", revelava o mineiro Estado de Minas na edição de segunda, 21 de maio. Realmente, o Cruzeiro jogou muito mal e o time paulista mereceu a vitória. Passei para outro jornal mineiro, Hoje em Dia, exemplar de mesma data. "O Cruzeiro apenas assistiu ao Corinthians em campo. Palavras do próprio treinador do time mineiro, Dorival Júnior, ao avaliar os 3 a 0 sofridos dentro de casa, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro". Por fim, dou uma navegada na internet e acesso o site da Folha de S.Paulo. "Com uma defesa segura e a rapidez nos contra-ataques, o Corinthians esteve melhor em quase todo o primeiro tempo. Por outro lado, o Cruzeiro se mostrou um time lento, que facilitava a forte marcação."
Talvez os leitores já estejam acostumados com a padronização das coberturas esportivas. Pois não deveriam. O esporte é movido pela factualidade, por acontecimentos que se sobrepõem, mas isso não impede que jornalistas preparem textos com narrativas mais aprofundadas e criativas. A repetição das palavras não suscita ou agrega coisa alguma ao leitor. A função social do jornalismo, de prover criticidade, fica explicitamente em segundo plano. É como se um modelo já estivesse pronto nas redações e a cada dia fosse apenas preenchido. Falta criatividade, falta contexto, falta jornalismo.
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